Neil Patel

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Branding: o que é, importância e como fazer gestão de marca

branding

O branding é o processo por trás da criação de uma identidade e personalidade únicas de sua marca para os consumidores. É um exercício estratégico de reconhecimento da sua audiência, que pode fazer sua marca se sobressair sobre a concorrência.

Ufa! Bem técnico, certo? Mas a grande verdade é que tudo isso que escrevi acima é real. Agora, deixe-me lhe perguntar: que atenção você dá ao seu branding?

Se você tem uma marca, esse é um compromisso que deve ser levado a sério.

Porque a sua força no mercado e mesmo a percepção que o público tem dela dependem de ações que favoreçam os seus objetivos.

Marcar presença na mente do consumidor, ser uma escolha lógica quando uma necessidade de compra surge, ter identidades e personalidades reconhecidas.

Tudo isso ajuda a explicar o que significa branding.

E se há uma dica que posso dar a você é para que não ignore esse desafio.

É verdade que a administração e o marketing estão repletos de termos estrangeiros e que muitos mais parecem uma moda passageira.

Mas não é o caso das estratégias de branding, já que essa gestão da marca repercute diretamente nos resultados.

Tanto é assim que a sua apresentação constante junto ao público gera aumento nas receitas.

Então, me diga: você pode se dar ao luxo de dispensar esse crescimento? Certamente, não.

É por isso que recomendo a leitura deste guia, no qual vou explicar o que é branding e como ser bem-sucedido na construção de marca.

Antes de continuar, se você quer aumentar suas vendas e saber quais são as melhores estratégias para promover seu negócio online, clique aqui para receber o Guia Completo de Marketing Digital.

O que é branding?

Branding é uma estratégia de gestão da marca, envolvendo todas as ações que tem por objetivo torná-la mais forte e mais presente no mercado, sendo reconhecida pelo público, admirada e desejada por aquilo que oferece.

Gosto de falar que o branding é o ato de ancorar sua marca em um termo. E existem vários exemplos que comprovam essa teoria.

Por exemplo, considere cartões de crédito. Você pensa nessa palavra e já sabe que as marcas são Visa, Mastercard ou American Express.

O mesmo acontece com o McDonald’s, Burger King ou Bob’s: você fala estas marcas e o que vem à sua mente?

Hambúrgueres — ou, no mínimo, lanches de fast food, como as batatinhas fritas.

Para citar outro exemplo de uma indústria mais complexa — e algo que notei ser bem comum em certas regiões do Brasil — é citar “jipe” para se referir a automóveis off road, justamente o tipo de veículo que a montadora Jeep fabrica.

Sabe o que são esses exemplos? Cases enormes de sucesso de branding!

Esse é um esforço que deve ser permanente e cujos efeitos aparecem no médio e longo prazo.

Sim, porque você até gostaria, mas não dá para esperar que uma marca se torne líder no seu segmento do dia para a noite.

Como referi no conceito de branding, há uma série de ações que precisam ser planejadas e executadas para alcançar os resultados desejados.

Envolve marketing, é claro. Mas não apenas isso.

Mais à frente, ao detalhar como aplicar essa estratégia no seu negócio, vou trazer as principais etapas desse processo.

Mas, desde já, é importante saber que ele precisa ser visto como um projeto da empresa, para o qual todos contribuem.

Afinal, se aqueles que estão no dia a dia trabalhando em favor da marca não acreditam nela e não se sentem motivados a atuar como seus promotores, como convencer o público externo a fazer o mesmo?

É por isso que fazer branding é menos propaganda e mais conexão emocional com a mente e o coração do consumidor.

Perceba aí como o desafio pode ser complexo e trabalhoso, mas também necessário.

O que é marca?

Se já falei sobre branding e sua importância, por que voltar ao conceito de marca?

Acredite: muita gente ainda acha que uma marca se resume a um logo.

Sim, ele é parte inseparável dela, um elemento fundamental para criar uma identidade e fixá-la na cabeça do consumidor.

Mas uma marca envolve tudo aquilo que representa o negócio.

Quer exemplos?

O ronco característico de uma moto Harley Davidson é parte da sua marca.

Tanto é assim que, desde a década de 90, nenhuma outra motocicleta pode se arriscar a copiá-lo. É um barulho patenteado.

E por falar em sons, é provável que seu smartphone tenha um toque exclusivo da marca.

Pensou no iPhone ou no clássico “Hello Moto” da Motorola?

Enfim, os exemplos são vários.

Eles envolvem não apenas sons, como também cores, tipografia e formas (como as três listras da Adidas e o swoosh da Nike).

Podemos lembrar até o sabor característico da Coca-Cola ou da receita “incopiável” do Guaraná Antárctica, que explorou o rótulo em uma peça de publicidade.

Uma marca é única justamente por aquilo que a diferencia das demais.

Qual é a diferença entre branding e posicionamento de marca?

diferença entre branding e posicionamento de marca

Conceitos muito semelhantes e por vezes confundidos, branding e posicionamento de marca têm suas diferenças.

Basicamente, elas se referem à amplitude das ações.

Como vimos, fazer branding exige uma abordagem integral, com objetivos variados.

E uma de suas estratégias compreende justamente o posicionamento de marca, o qual, por sua vez, está relacionado à imagem que a empresa deseja construir junto ao público.

Logo, tem a ver com os valores defendidos por ela.

Para citar exemplos, não é por acaso que você relaciona os produtos Dove ao empoderamento feminino.

Essa percepção é fruto de um esforço da marca, que busca se posicionar no mercado como defensora da beleza natural das mulheres.

Um exemplo foi a recente campanha “#DetoxYourFeed”, que uniu mães e filhas para falar sobre os perigos dos conselhos de beleza tóxicos que rolam pela timeline das redes sociais.

É uma campanha bonita de conscientização, que busca promover maior autoestima, bem como a comunicação entre mães e filhas.

Consegue pensar em mais algum exemplo de posicionamento tão claro quanto esse?

Temos a Coca-Cola com suas mensagens que compartilham valores como felicidade, diversão e união.

Todas são ações que encontram razão de existir.

De acordo com estudos, os consumidores estão propensos a gastar até 50% mais em negócios que realmente fazem um impacto positivo no mundo, bem como se alinham aos seus valores.

Isso não significa que você deva usar o perfil da sua empresa para se posicionar politicamente, por exemplo, entrando em discussões polêmicas.

Mas mostrar personalidade e, principalmente, humanidade nas suas mensagens é uma forma de conquistar admiradores.

Qual é a importância do branding? 

Branding vai além de apenas marketing. É um exercício social que visa a manutenção de uma imagem forte e positiva de sua empresa na mente de seus clientes, funcionários e partes interessadas.

Por isso é tão importante.

Ao investir nessa estratégia, você está investindo no sucesso de longo prazo do seu negócio.

Você tem ideia do potencial de uma marca forte?

Ela pode diferenciá-lo dos concorrentes, aumentar a fidelidade do cliente, atrair os melhores talentos e, por fim, impulsionar o crescimento geral.

E sabe do melhor?

O branding é um norte. É um porto-seguro para onde sua marca deve sempre voltar.

Eu falo mais sobre o tema nesse vídeo, que tal deixar aberto em outra aba para ver depois da leitura?

Isso é essencial em momentos decisivos, como na tomada de decisões da sua empresa ou na manutenção da sua cultura organizacional.

É um mote que garante que todos os aspectos do seu negócio, desde produtos e serviços até comunicações e cultura, estejam alinhados com a identidade geral da sua marca.

Se você ainda questiona a importância de uma boa gestão da marca, é hora de repensar seu ponto de vista.

De acordo com dados da Edelman, 81% dos consumidores afirmam que precisam primeiro confiar em uma marca antes de comprar dela.

A partir do momento em que uma marca é consistente em seus esforços de branding, ela pode testemunhar um aumento nas receitas de até 20%, conforme viu a Lucidpress.

Isso porque, de acordo com o que eu li na Experian, um cliente fiel vale 10 vezes mais do que um cliente de uma só compra. 

E mesmo se o seu perfil de negócio é outro, tendo em pessoas jurídicas seus clientes, a importância desse trabalho não diminui — ao contrário.

Além disso, deixe-me voltar a um exemplo que mencionei antes: quando você pensa em cartão de crédito, qual imagem vem à sua cabeça?

Provavelmente o logo da MasterCard ou Visa.

Ou quando você precisa comprar um tênis de corrida, provavelmente as primeiras marcas nas quais você pensa é Nike ou Adidas.

Isso porque eles construíram uma marca e estão em todos os lugares.

O recado é claro: seja para se conectar com o público, crescer no mercado, vender mais ou atrair investimentos para o seu negócio, ele precisa de uma marca forte.

Ele precisa de branding.

Quais são os benefícios do branding?

Benefícios do branding

Branding é muito mais do que apenas empregar táticas de marketing com o objetivo de aumentar as vendas.

É um processo estratégico que ajuda as empresas a se diferenciarem de seus concorrentes, construir elos mais fortes de confiança com seu público-alvo e, por fim, aumentar seu desempenho financeiro em longo prazo.

Uma marca forte é capaz de tudo:

  • criar uma reputação positiva no mercado;
  • aumentar a fidelidade dos clientes;
  • atrair novos consumidores.

Além disso, a estratégia permite que as empresas estabeleçam uma identidade única que comunique seus valores, missão e visão.

Ele permite que as empresas se conectem com seus clientes em um nível emocional, criando um sentimento de pertencimento e comunidade.

Eu tô falando de criar um espacinho cativo na mente do consumidor.

Tudo isso contribui para o desenvolvimento de uma sensação de estabilidade e confiabilidade na clientela, fazendo com que ela sinta-se confiante em suas decisões de compra.

Por fim, vale mencionar o papel do branding nos esforços de expandir suas ofertas e entrar em novos mercados.

Ao construir uma forte reputação, as organizações podem alavancar seu valor de marca para introduzir novos produtos ou serviços, alcançar novos públicos e aumentar sua receita geral.

Pense no que a Apple fez recentemente, com a clara adição de um novo mercado-alvo: de serviços.

Foi um movimento pensado: ela viu, com cases como o da Netflix e mesmo da Microsoft, que ser uma provedora de serviços seria uma adição interessante para o seu portfólio.

Assim, além de desenvolver seus softwares, montar e vender seus hardwares, a empresa também está por trás de vários serviços que complementam a vida de seus consumidores.

Aqui eu falo do Apple TV+, seu serviço de streaming; o Apple Arcade, seu streaming de jogos; o iCloud+, seu serviço de nuvem; e o Apple Fitness+, seu serviço de treinos voltados para saúde.

Como fazer o branding do seu negócio: 7 estratégias

E agora, por onde começar a fazer branding no seu negócio?

Se você se sente um pouco perdido, não se preocupe, pois esse sentimento é natural.

Mas entenda desde já que nenhuma marca se torna forte e viva junto ao seu público sem estratégia.

Então, fique ligado na relação de ações capazes de levar seu negócio ao protagonismo no mercado em que atua.

Invista na construção da marca 

A construção ou reformulação da marca é uma estratégia obrigatória.

E também precisa ser a primeira.

Significa que tudo o que vem depois só vai funcionar bem se você se dedicar a esse passo inicial, que reúne tudo aquilo que a marca precisa ter para se lançar no mercado.

O que você vai ver agora são os elementos através dos quais a marca vai se comunicar com o público interno e externo.

Identidade visual

  • Cores: destacam a marca e permitem a ela transmitir sensações e criar associações positivas com o público;
  • Logo: elemento gráfico que representa a marca e estabelece um reconhecimento imediato, sendo empregado em comunicações eletrônicas e materiais impressos;
  • Tipografia: a escolha da fonte cumpre os mesmos objetivos de identificação do público e da sua percepção quanto à marca;
  • Manual da marca: guia que resume cores, fontes e formas de aplicação do logo permitidas em situações variadas.

Posicionamento

  • Valores: indicam o que é importante para a marca, sendo através deles que ela espera se conectar com o público
  • Tom de voz: define a maneira de se dirigir às pessoas, se mais formal ou descontraída, por exemplo
  • Linguagem: estabelece e adota palavras e expressões cujo objetivo é ampliar a sensação de identificação do público
  • Canais: reconhece e prioriza os canais de comunicação que melhor representam a personalidade da marca
  • Conteúdo: assim como os canais, a escolha da mensagem transmitida neles deve atender aos valores e à personalidade da marca.

Todas essas demandas de comunicação da marca convergem para um só passo inicial: o mapeamento das personas.

Elas representam o seu perfil ideal de cliente.

Você precisa saber quem ele é e identificar as suas características, necessidades, desejos, problemas e interesses para, então, usar essas informações a favor da sua estratégia de branding.

Escolha o ponto de venda mais adequado

O ponto de venda, ou PDV, é o local onde o público tem contato com a empresa e seus produtos e serviços.

Não necessariamente será uma loja própria, como é o caso de itens vendidos em supermercados.

Também pode não ser físico, mas virtual, a exemplo de um site.

Seja como for, é preciso cuidar da aparência da marca para favorecer a conexão esperada com as pessoas.

Garanta um ambiente que atenda à sua identidade visual, que reforce o seu posicionamento e que favoreça os objetivos traçados para a estratégia.

Aqui, vou fazer um laço com a primeira dica:

Invista em elementos de design marcantes (como cores, tipografia, layout e imagens), para comunicar a identidade e os valores da marca.

Assim, é possível criar uma imagem coesa e consistente em todos os pontos de contato, físicos ou online.

Saiba que um PDV ou site mal projetado, pode criar confusão, frustração e uma percepção negativa da marca.

Ofereça um bom marketing de conteúdo

Entre as diferentes estratégias de marketing que favorecem o branding, a oferta de conteúdo de valor se mostra a mais efetiva para envolver o público e construir uma imagem positiva em torno da marca.

Pode, por exemplo, ser usada para reforçar seus valores, como em ações de marketing social, ambiental ou institucional.

É possível fazer isso a partir de textos em blog ou redes sociais, também e-books, audio books, infográficos, webinários, white papers, estudos de caso e outros formatos — sempre pensando nas preferências de suas personas.

De acordo com a Bynder, hoje temos muito mais demanda por conteúdo de marcas (brand contents) do que em qualquer outro período.

Isso porque é uma estratégia eficaz em todos os estágios do funil, mas especialmente no topo: 79% das marcas usa conteúdo para gerar leads.

Além disso, 84% das organizações já seguem uma estratégia de conteúdo, de acordo com o SEMRush.

E sabe do melhor? De acordo com dados do Demand Metrics, o marketing de conteúdo custa 62% menos do que o outbound, e gera quase 3 vezes mais leads.

Utilize as redes sociais

Como ignorar o potencial das redes sociais para os seus objetivos se, no Brasil, 92% dos adultos as utilizam diariamente? Além disso, a maior parte das pessoas segue, em média, entre 1 a 4 marcas em suas redes sociais.

E o mais interessante é isso: conforme a Retail Dive, 90% das pessoas compra de marcas que elas já seguem nas redes sociais.

Você pode pensar que esses canais são usados mais para a interação entre amigos e familiares, mas não se engane.

É nas redes sociais que muita gente consome conteúdo, compartilha, comenta e reclama das marcas.

Isso coloca você diante de alguns compromissos. Veja só:

  • Usar as publicações para reforçar sua identidade visual, com destaque para o logo e as cores;
  • Usar as publicações para reforçar seu posicionamento, dando ênfase aos valores e à personalidade da marca;
  • Entregar conteúdo de valor, para que as pessoas se sintam atendidas em suas necessidades;
  • Interagir com a audiência, respondendo a todos os comentários, especialmente os negativos.

Invista em ações de marketing promocional

Se as vendas também estiverem entre os objetivos da marca — e é provável que estejam —, é importante investir em ações de marketing promocional.

São pequenos agrados que você pode fazer para conquistar o apreço de seus consumidores.

Eles passam aquela ideia de preocupação com o público, além de servirem como estímulo para que conheçam e experimentem as suas soluções.

Não sabe que “mimos” oferecer para investir na relação com seus clientes?

Veja algumas sugestões:

  • Distribuição de brindes;
  • Degustação de produtos;
  • Envio de amostras grátis;
  • Envio de materiais de divulgação;
  • Cupons de desconto;
  • Concursos culturais;
  • Programas de fidelidade;
  • Concessão de descontos exclusivos.

Caso tenha se dedicado à definição de personas anteriormente, não será difícil identificar quais ações funcionam melhor com seu público.

O importante é enxergá-las como parte de uma estratégia para fixar a marca na mente e no coração das pessoas, e não apenas como técnica de venda.

Saiba como usar o marketing de experiência

Por melhor que seja o seu produto ou serviço, sozinho, ele pode não ser suficiente para criar a conexão desejada com o público e conquistar admiradores.

Esse é o princípio por trás das ações de marketing de experiência.

Elas mexem com os sentidos do consumidor, despertam sentimentos, provocam ações e pensamentos. Enfim, tiram as pessoas de sua zona de conforto.

Acredite: elas gostam disso e se identificam com a marca, desde que a estratégia venha acompanhada dos seus 3 Vs — verdade, vontade e valor.

O tradicional test drive em concessionárias de veículos é um bom exemplo de marketing de experiência.

Mas se você não vende carros, também pode inovar e conduzir seu cliente a uma aventura.

Espaços temáticos são um bom exemplo, como um restaurante onde tudo lembra a selva, o fundo do mar, o espaço ou outro assunto instigante.

Levar uma campanha às ruas, promovendo alguma ação pública, é sempre uma possibilidade interessante, se bem planejada.

Dá para se inspirar em cases de sucesso, como o da fabricante de móveis Ikea, que usou a estante mais vendida para criar a maior biblioteca a céu aberto, na Austrália.

Exemplo de branding da Ikea

Considere fazer endomarketing

Você talvez lembre quando, lá no início do artigo, comentei que fazer branding envolve tanto o público externo quanto o interno da empresa.

É por isso que o endomarketing aparece como uma das estratégias que você precisa considerar.

Porque tudo o que você definiu como posicionamento da marca, seus valores, linguagem e as próprias ações que planeja adotar precisam fazer sentido dentro da sua cultura organizacional.

Quem não se identifica com isso talvez até permaneça no time, mas constrói uma imagem diferente daquela que a marca deseja transmitir.

E seria um erro achar que essa falta de alinhamento limite-se aos limites da organização.

Por vezes, basta uma oportunidade para esse descontentamento se tornar público.

E se um cliente insatisfeito procura atendimento, ele precisa ser compreendido. Ninguém quer ser atendido por um colaborador insatisfeito que mostra que a empresa fala uma coisa, mas faz outra.

E claro, hoje, existem as redes sociais, que são um terreno fértil para vazamentos e virais que abalam a personalidade da empresa.

Enfim, investir em endomarketing representa garantir que a mensagem transmitida pela empresa seja única.

Exemplos de branding e gestão de marca

Fazer a gestão de marca não é uma estratégia restrita a grandes empresas.

Por outro lado, é válido observar as práticas de empresas famosas como fonte de inspiração. É interessante ver como elas trabalham a marca e branding para angariar melhores resultados.

Coca-Cola e Apple, por exemplo, são reconhecidamente líderes em seus mercados – e isso só é possível graças ao investimento constante na sua relação com o público.

Coca-cola

A Coca-Cola, como já comentei, aposta na positividade.

Sua campanha de slogan “Abra a Felicidade” é apenas uma das ações que contribuem para enaltecer esse valor.

No Natal, suas embalagens assumem uma decoração especial, mas o principal destaque vai para o caminhão que leva mais do espírito natalino às ruas.

A empresa também investe pesado em publicidade. Todos os dias, você vê comerciais dela na televisão, assim como anúncios nas mais diversas mídias.

E até mesmo em grandes eventos, como os Jogos Olímpicos, aparece a sua marca entre os patrocinadores oficiais.

Fica a impressão de que a Coca-Cola está em todo lugar — o que é proposital.

Marcas que são apresentadas de maneira consistente têm 3 a 4 vezes mais chances de alcançar visibilidade.

No caso da gigante dos refrigerantes, todo esse investimento se justifica pela manutenção do status conquistado.

Afinal, não basta chegar ao topo: o mais difícil é permanecer lá.

Apple

A Apple é uma empresa muito mais nova no mercado, em comparação com a Coca-Cola.

Mas poucas se posicionaram de maneira tão consistente junto aos seus fãs nas últimas décadas.

Na origem da sua estratégia de branding está o “Think Different”, transparecendo que a inovação é e sempre será um dos seus principais valores.

E um dos destaques da sua estratégia de branding é que a Apple entrega o que o consumidor deseja.

A cada ano, sua legião de admiradores aguarda os lançamentos e não espera nada menos do que uma novidade impactante em cada um deles.

Exemplo de branding da Apple

Este é o ponto: 48% dos consumidores desejam que as marcas os conheçam e os ajudem a descobrir novos produtos ou serviços que atendam às suas necessidades.

Nisso, a Apple leva nota máxima com louvor.

Também como parte da sua estratégia, cada item apresentado leva a letra “i” em seu início: iPhone, iPod, iPad, iWatch, iMac.

E o trabalho de gestão da marca é tão bem feito que cada um deles assume uma identidade própria, como se o iPad não fosse um tablet, mas um produto único.

Cabe dizer ainda que , junto à tecnologia, a Apple agrega o luxo e o requinte como parte da personalidade que a molda.

Muita gente compra a ideia e tem um iPhone não tanto pelo desempenho que o celular pode oferecer, mas pelo status que empresta.

Assim, os produtos da marca são vistos como uma extensão de seus donos.

Difícil haver maior exemplo de identificação e ligação emocional do que esse.

Nike

Outro case clássico e que eu adoro é da Nike.

Neste ponto, sinto que seria um desperdício do seu tempo apresentar a marca em si, concorda?

O que você não sabe é que o sucesso da empresa se deve à forte imagem da mesma, reconhecida mundialmente.

A estratégia de branding da Nike é baseada no conceito de “Just Do It”, que enfatiza o foco da empresa em esportes e atletismo.

O slogan é curto e grosso: “apenas faça”.

Em uma frase, a empresa (em conjunto com sua agência de marketing, que fique claro!) foi capaz de resumir um estilo de vida inteiro.

Como combater a preguiça? Como vencer a zona de conforto? Como pegar e simplesmente ir à academia, sair para andar ou correr ou praticar um esporte?

Apenas faça.

Exemplo de branding da Nike

É genial!

Além disso, a empresa utiliza celebridades e atletas para divulgar seus produtos, o que gera uma sensação de exclusividade e desejo.

Um símbolo foi Michael Jordan e sua linha de tênis “Jordan Air”, que mais tarde tornou-se uma marca própria dentro do guarda-chuva da maior empresa de artigos esportivos do mundo.

Além de sua estratégia, a Nike tem uma forte campanha de marketing focada na conexão emocional entre seus produtos e seus clientes.

As campanhas publicitárias da empresa concentram-se nos benefícios do uso dos produtos Nike, como a sensação de poder e confiança que advém de ser ativo.

Para meus leitores do Brasil, alguns exemplos memoráveis são as propagandas com foco em futebol. Você se lembra?

Populares no fim da década de 1990 e nos anos 2000, elas reuniam craques e sempre contavam uma história com toques de humor.

O foco da empresa em criar um estilo de vida e uma conexão emocional com seus clientes ajudou a construir uma forte imagem, reconhecida mundialmente.

Dunkin’

Agora, um exemplo recente bem-sucedido é, na verdade, um rebranding!

Vou explicar mais teoricamente sobre o tema nos tópicos a seguir, mas acho bacana deixar esse case aqui.

A marca, mundialmente conhecida como Dunkin’ Donuts mudou seu nome e sua logo para “Dunkin'”.

A empresa, famosa por seus cafés e produtos de confeitaria assados, decidiu retirar “Donuts” de seu nome em 2018 para refletir seu cardápio mais amplo e o foco em bebidas.

Esse rebranding foi acompanhado por um novo logotipo e design de loja, bem como uma campanha de marketing colocando a organização como especialista em velocidade e conveniência.

A nova marca foi bem recebida, com muitos consumidores apreciando o nome e o logotipo simplificados.

Exemplo de branding da Dunkin Donuts

O que você acha? Na minha opinião, ficou bem simpático!

E o que é rebranding?

Rebranding é uma palavra que hoje está na moda. Virou até meme!

E o que mais se destaca na timeline, é claro, são as tentativas falhas.

Uma delas foi do próprio McDonald’s — provando que uma empresa gigantesca e mestre no branding também pode errar naquilo que a consagrou.

O erro foi a criação do “Happy”, o novo mascote da gigante do fast food. Deixe-me perguntar: você já viu o Happy em algum lugar?

Imagino que a resposta seja não, o que diz muito sobre essa tentativa do Mc.

O que é rebranding?

Mas beleza, chega de maus exemplos. O que é rebranding?

Esse é o processo de mudança da identidade visual ou de mensagens de uma empresa. Envolve a alteração do design da logo, site, embalagem ou qualquer outro elemento visual da empresa que ajude os clientes a identificar a marca.

O rebranding também pode incluir a alteração do nome ou slogan da empresa e a modificação do tom de voz e das mensagens da marca.

Mas por que o rebranding?

Perguntinha interessante.

Muitas vezes, essa ação é necessária para se manter relevante e competitivo no mercado.

Pode ajudar as empresas a atrair um novo público, diferenciar-se dos concorrentes e transmitir uma imagem fresca, moderna, atualizada.

No entanto, esse pode ser um movimento arriscado se não for feito corretamente, pois pode afastar os clientes existentes ou confundi-los com a mudança repentina.

Quando fazer o rebranding?

O rebranding é uma ferramenta poderosa para refrescar a imagem de uma marca, mas seu uso deve ser prudente.

A questão do “quando fazer um rebranding” passa muito mais por uma decisão baseada em um planejamento estratégico sólido e um intenso benchmark, e não apenas em um capricho.

O momento ideal para fazê-lo é quando a sua marca atual não está refletindo os valores da empresa ou quando a mesma está passando por grandes mudanças, como uma fusão, aquisição ou mudança de público-alvo.

No entanto, o rebranding não deve ser feito apenas por uma questão de mudança.

Uma empresa deve avaliar se os benefícios superam os custos e se o patrimônio da marca atual pode ser aproveitado.

Um exemplo bem-sucedido de rebranding é a transformação da Apple de uma empresa de computadores em uma marca de estilo de vida — para voltar a citar um dos grandes exemplos que temos hoje.

O antigo logotipo da Apple apresentava uma ilustração complexa de Sir Isaac Newton sentado sob uma árvore.

Em 1997, o rebranding da Apple mudou o logotipo para a famosa “maçã mordida” que conhecemos hoje — e que também passou por mudanças, mas mais contidas.

Rebranding da Apple

Essa transformação em 1998 refletiu a mudança para uma imagem de marca mais elegante que, desde então, se tornou sinônimo de produtos da Apple.

Por outro lado, um exemplo de rebranding fracassado é a tentativa da Gap de mudar sua logo em 2010.

Tentativa de rebranding da GAP

Ela foi recebida com críticas generalizadas e reações negativas dos consumidores, forçando a empresa a voltar ao design original em pouco mais de 1 semana após a alteração original.

Livros sobre branding para conhecer

E aí, gostou de aprender mais sobre o tema?

Tenho uma dica para você: esse guia te apresentou o básico sobre construção de uma marca.

Espero que seja o suficiente para criar uma base de conhecimento em você. No entanto, sei que muitos dos meus leitores querem ir além, algo que admiro.

Por isso, busquei aqui na minha biblioteca alguns dos principais livros sobre branding que li. Que tal conferir essas dicas e compartilhar algumas (ou todas!) dessas leituras? Veja só:

On Branding, David Aaker

Esse livro fornece um guia abrangente para criar e gerenciar marcas e aborda tópicos como identidade, extensões, arquitetura e portfólios de marcas, bem como a importância do patrimônio e valor da mesma.

Para Aaker, uma marca de sucesso envolve a criação de uma identidade única, relevante e atraente que ressoe com os consumidores e construa relacionamentos de longo prazo com eles.

Gestão Estratégica de Marcas, Kevin Lane Keller

Esse é um guia completo para gestão estratégica de marcas.

O livro cobre os mais recentes conceitos e práticas em gerenciamento de marca, incluindo brand equity, posicionamento e identidade de marca.

Ele fornece uma orientação passo a passo para desenvolver e implementar estratégias de branding bem-sucedidas, bem como insights sobre como gerenciar extensões de marca e portfólios de marcas.

O livro inclui exemplos e estudos de caso do mundo real, bem como ferramentas e técnicas para medir e gerenciar o desempenho da marca.

Emotionomics, Dan Hill

“Emotionomics” é um livro que destaca a importância das emoções nos negócios.

Hill argumenta que as emoções desempenham um papel significativo na formação do comportamento do consumidor e nos processos de tomada de decisão.

Ele fornece vários estudos de caso para mostrar como as emoções podem ser efetivamente aproveitadas para criar campanhas de marketing bem-sucedidas e construir fortes conexões com os consumidores.

O livro também enfatiza a necessidade de as empresas prestarem atenção ao impacto emocional de seus produtos e serviços.

Branding + design: a estratégia na criação de identidades de marca, Sandra Ribeiro Cameira

O livro da autora brasileira explora a interseção entre branding e design.

Nele, você vai encontrar insights sobre como o design pode contribuir para a criação de identidades de marca de sucesso e explorar como a identidade pode ser usada para apoiar a estratégia da marca.

Além disso, a publicação também investiga tópicos como identidade visual, personalidade de marca e posicionamento de marca, fornecendo conselhos práticos e cases do mundo real.

Conclusão

Você viu neste artigo que fazer branding é muito importante para marcas de todos os portes e de segmentos variados.

É a partir desse esforço que nasce o reconhecimento do público sobre aquilo que oferece.

Seus produtos e serviços podem ser ótimos.

Mas se eles não estiverem aliados a uma marca respeitada e admirada, talvez poucos se permitam experimentá-los.

Agora, leve as dicas que conferiu para a prática.

E não deixe de comentar.

Quais vão ser as estratégias e ações de branding que você vai adotar para tornar a sua marca líder no mercado?

Perguntas frequentes sobre branding

O que é branding?

É uma estratégia de gestão da marca, envolvendo todas as ações que tem por objetivo torná-la mais forte e mais presente no mercado, sendo reconhecida pelo público, admirada e desejada por aquilo que oferece.

Qual é a importância do branding? 

É importante porque vai além do marketing. É um exercício social que visa a manutenção de uma imagem forte e positiva de sua empresa na mente de seus clientes, funcionários e partes interessadas.

Quais são os objetivos do branding?

Seus objetivos são criar brand awareness, construir e enriquecer o valor da marca, estabelecer a fidelidade dos clientes e diferenciá-la dos concorrentes.

Quais são os livros sobre branding?

Os livros que mais recomendo sobre o tema são:

  • On Branding de David Aaker
  • Gestão Estratégica de Marcas de Kevin Lane Keller
  • Emotionomics de Dan Hill
  • Branding + design: a estratégia na criação de identidades de marca de Sandra Ribeiro Cameira
NP Digital Brasil

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